O custo do capital próprio é mais difícil de ser calculado pois não existe um contrato formal de remuneração com o acionista (e como ocorre com o capital de terceiros). Deste modo, existe uma grande subjetividade na definição do custo do capital próprio.
O método mais utilizado para definir o custo do capital próprio é o CAPM adaptado. O CAPM é um modelo de precificação de ativo que determina o retorno de um investimento (ação, título ou carteira) através da seguinte fórmula:
Ke = Rf + (RM - Rf) Beta
sendo
Rf = retorno do título sem risco projetado
Rm = retorno do mercado projetado
Beta = medida de risco do investimento em relação ao mercado (projetada).
Podemos calcular o custo do capital próprio de uma empresa brasileira utilizando os seguintes parâmetros:
Rf = retorno do título do governo, como o CDI;
Rm = retorno do mercado, como o Ibovespa, índice da bolsa de valores de São Paulo;
Beta = obtido com empresas especializadas (mas que pode ser calculado pelo analista para empresas com ações negociadas em bolsa de valores)
Uma outra forma de obter o valor do Ke é utilizar dados do mercado mundial. Neste caso, o Rf seria o retorno do título do governo norte-americano; Rm = retorno do mercado de Nova Iorque; Beta = obtido em relação ao mercado estrangeiro, facilmente disponibilizado nos sítios da Yahoo ou Google, entre outros, para as empresas brasileiras com ADRs. Com estes valores, deve-se lembrar que o risco do país já estará incorporado ao cálculo.
Para empresas sem informações (empresas sem ações negociadas em bolsa, por exemplo) pode-se utilizar valores aproximados de empresas com características similares, adicionando um prêmio por eventuais riscos.