29.9.14

Sem ajuda

Um texto do Valor Econômico, Fusão sem Banco vira Tendência (Talita Moreira, 17 de setembro de 2014) discute sobre a necessidade de se contratar uma empresa para fazer uma operação de fusão e aquisição. Segundo o texto, o número de transações sem auxílio externo cresceu

De acordo com o estudo, 64% das transações de mais de US$ 100 milhões anunciadas neste ano no país foram estruturadas sem auxílio externo. Juntas, essas operações somam US$ 18,8 bilhões. Esse percentual nunca foi tão alto, aponta a série histórica iniciada em 1995.

Parece que as empresas estão criando equipes para fazer o processo de avaliação. A JBS é uma destas empresas. A Tivit é outra.

Algumas razões para este fenômeno: maturidade do mercado, incluindo a profissionalização da gestão financeira; falta de obrigatoriedade; custo elevado (comissão pode ir de 1% do valor até 15%), entre outros. Um aspecto importante, não apresentado explicitamente no texto, é o fato da operação não necessitar da “grife” de um avaliador de renome, geralmente pessoa jurídica.

20.9.14

Valor de Mercado das Redes Sociais

A figura acima apresenta o valor de mercado de diversas empresas (antes do lançamento da Alibaba). As empresas de tecnologia são destaques, como o primeiro, terceiro e quarto lugar da lista. O Facebook, a maior empresa de rede social em valor de mercado, é a quarta empresa de tecnologia, mas acima de empresas tradicionais como a IBM, Oracle, Intel  e outras.

Em termos de redes sociais, o predomínio do Facebook, com um valor de mercado de 202 bilhões. Twitter, a segunda maior empresa, possui um valor de mercado de $32 bilhões.

17.9.14

Custo de Oportunidade

Apesar de ser um conceito muito conhecido e citado na literatura, o custo de oportunidade geralmente não é mensurado, por uma série de razões. Uma delas é a falta de oportunidade de se ter uma situação prática onde seria possível medir, claramente, a escolha que uma pessoa faz em termos das alternativas disponíveis.

Num trabalho que fiz em co-autoria com dois professores da Universidade Federal de Goiás, Michelle Machado e Lúcio Machado, foi possível obter o custo de oportunidade numa situação prática. A situação acontece na justiça, mais especificamente na Procuradoria da União em Goiás, onde as pessoas são chamadas a aceitar ou não os cálculos realizados pela PU. Aceitar significa receber mais cedo; contestar pode trazer um valor maior no futuro, mas o tempo de espera é maior.

Para medir esta diferença, utilizou-se a taxa interna de retorno, que produziu um valor de 3,23% para 654 processos. Este seria o custo de oportunidade desta situação. Além disto, a pesquisa observou que aqueles que recebem um grande valor tendem a ser atraídos pelo fluxo de caixa mais imediato, aceitando o acordo. Outro aspecto interessante é que o gênero influencia: o homem recebe mais, mas com um prazo de recebimento maior.

 Leia mais aqui o texto.

9.9.14

Alibaba e sua contabilidade

Nos próximos dias a empresa chinesa Alibaba estará apresentando sua oferta pública inicial de ações. A expectativa é que as ações colocadas em negociação possam trazem US$24,3 bilhões, o que seria um recorde mundial em valores captados. Além disto, com o preço médio proposto, a Alibaba teria um valor de mercado do patrimônio líquido um pouco abaixo da Amazon. (Informações do jornal Valor Econômico, de 8 de setembro de 2014 , Alibaba inicia hoje apresentação da oferta de ações para investidores.)

A empresa chinesa cresceu nos últimos anos através de aquisições agressivas. E isto trouxe sérios problemas para a contabilidade da empresa. Recentemente a empresa divulgou um comunicado sobre a ChinaVision, umas das empresas adquiridas pela Alibaba.

A ChinaVision foi um negócio de 804 milhões de dólares e possui o direito de transmissão da Premier League, o campeonato de futebol inglês, e acordo com diretores famosos. Também recentemente, a empresa informou da dificuldade de integrar as operações das empresas que foram adquiridas. Um dos problemas tem sido a avaliação dos ativos da ChinaVision, que estavam superdimensionados na aquisição. Ou seja, a empresa foi enganada durante o processo de compra da ChinaVision.

Geralmente neste processo de aquisição, a empresa é assessorada por uma auditoria. A Alibaba possui como auditor uma filial da PwC. Mas os problemas contábeis parecem não assustar os investidores.