26.9.10

Avaliação: Dois artigos

Dois artigos de avaliação publicados na Revista de Ciências da Administração, da Universidade Federal de Santa Catarina (vol 12, n.26, jan/abr 2010).

O primeiro, Valor justo da Tractebel Energia (Renato Campos, Juliana Tatiane Vital, Gilberto de Oliveira Moritz & Alexandre Marino Costa) procura determinar o preço da Tractebel Energia usando modelos de precificação de ativos. Os resultados dos vários modelos foram comparados entre si para determinação de uma média com o seu intervalo de aceitação, em razão da variabilidade obtida.

O segundo texto, denominado Avaliação de Micro e Pequenas Empresas Utilizando a Metodologia Multicritério e o Método do Fluxo de Caixa Descontado (Marcus Vinicius Andrade de Lima, Carlos Rogério Montenegro de Lima, Ademar Dutra, Ana Lúcia Miranda Lopes) explora a aplicação em pequenas empresas do setor químico, farmacêutico e de turismo.

6.9.10

Ego na Avaliação

Em processos de aquisição de empresas o Ego pode dar lugar a um relatório de avaliação adequado. Recentemente, as empresas Dell e HP iniciaram a disputa por um grupo de armazenamento de dados 3PAR. A oferta final ficaria muito acima da proposta inicial. Os valores ofertados estavam muito acima da receita.

"Eles estão fazendo ofertas muito altas, como se os seus balanços não importassem. A essa altura, pagando múltiplos dessa ordem, provavelmente seria melhor para eles recomprar ações próprias," disse Kaushik Roy, analista da Wedbush Securities.

A maioria dos analistas afirma que a HP, com receita anual de US$ 115 bilhões ante os US$ 53 bilhões da Dell, deve sair vitoriosa, mas acrescentam que a Dell dispunha de reservas de caixa suficientes para oferecer forte concorrência.


Avaliação de valor perde espaço em disputa de Dell e HP por 3PAR
Brasil Econômico - Por Ritsuko Ando/Reuters
25/08/10

4.9.10

Confiança


Um artigo recente de Thaler para o NY Times (The Overconfidence Problem in Forecasting, 21 de agosto de 2010) discute a questão do excesso de confiança.

A maioria de nós pensa que estamos "melhor do que a média" na maioria das coisas.Nós também somos "descalibrados", significando que o nosso sentimento de probabilidade de eventos não está alinhado com a realidade. Quando dizemos que temos a certeza sobre um determinado fato, por exemplo, pode muito bem ser correto apenas a metade do tempo. (...)

Alguns economistas questionam se tais resultados experimentais são relevantes em mercados competitivos. Eles sugerem que os alunos, que muitas vezes servem como cobaias em tais testes, são confiantes, mas que os gestores do topo de grandes empresas são bem calibrados. Um estudo recente, no entanto, revela que esta visão é ela mesma confiante demais.


Num estudo de Itzhak Ben-David, John R. Graham e R. Campbell Harvey mostrou que a confiança excessiva também ocorre nos CFO quando se trata de prever o comportamento do índice SP 500. E são mal calibrados.

Muitos destes executivos não percebem que lhes falta capacidade de previsão.


Os efeitos são relevantes para as empresas:

Por exemplo, num artigo de 1986, o economista Richard Roll da Universidade da Califórnia, Los Angeles, sugere que excesso de confiança, ou o que ele chamou de arrogância, poderia explicar por que as empresas pagam grandes prêmios para assumir outros negócios. (...)

PROFESSOR ROLL recentemente escreveu outro artigo sobre este tema com três colaboradores franceses. Neste caso, eles investigaram uma forma particular de hubris - narcisismo - usando um indicador simples e discreto (...) o número de vezes que uma pessoa usa o pronome de primeira pessoa na comunicação. Eles descobriram que o CEO mais narcisista fazem aquisições mais agressivas a preços mais elevados (...)