skip to main |
skip to sidebar
Recorde
Negócios batem recorde no primeiro semestre
Valor Econômico - 04/07/2007
O volume de fusões e aquisições ocorridas no Brasil bateu recordes no primeiro semestre do ano, refletindo os efeitos de um cenário econômico mais estável e maior facilidade de acesso a recursos financeiros. Relatórios de duas firmas de auditoria indicam que a quantidade de transações deve aumentar no segundo semestre do ano, tradicionalmente mais movimentado. De janeiro a junho deste ano, ocorreram 334 fusões e aquisições no país, conforme relatório divulgado ontem pela PricewaterhouseCoopers (PwC). O número é 32% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 253 negócios. Números da KPMG mostram 266 operações neste ano, contra 229 em 2006.
As duas pesquisas consideram apenas as negociações que se tornaram de conhecimento público e incluem os casos onde houve compra de participação acionária, formação de joint venture e fusão.O relatório da PwC aponta que, em 2007, as companhias nacionais lideraram mais transações com compra de participação do que nos dois anos anteriores. Até junho, 67% das aquisições foram feitas por empresas brasileiras, contra os 33% das estrangeiras. A relação era mais equilibrada em 2006: 55% e 45%, respectivamente. "As companhias incorporaram as aquisições em suas estratégias ao longo dos últimos anos", diz Márcio Vieira, sócio da PwC. "Elas não mais se baseiam apenas no crescimento orgânico."Os segmentos que mais se movimentaram no primeiro semestre foram o de alimentos, mineração, varejo, construção, tecnologia, química e petroquímica, construção e serviços públicos. Juntos, eles representam 52% de todas as fusões e aquisições. As quinze maiores transações do primeiro semestre movimentaram US$ 11,7 bilhões. Considerados todos os valores divulgados, o montante alcançou US$ 15,6 bilhões. Nos primeiros seis meses de 2006, os valores divulgados das transações atingiram US$ 13,9 bilhões. Para Cláudio Ramos, sócio da KPMG, a estabilidade da economia torna o cenário mais previsível e seguro para as decisões de longo prazo. Já o vigor do mercado de capitais contribui para capitalizar as companhias e colocá-las em posição de compra. A perspectiva de que o Brasil alcance o chamado grau de investimento também atrai investidores estrangeiros. "Mas os grandes fundos de investimento ainda não chegaram e por isso o ritmo das fusões e aquisições deve continuar em ascensão", diz.