Também denominada de abordagem de ativo. Entretanto, alguns
autores consideram que a abordagem de ativo é diferente da abordagem de custo
(vide Pratt, Reilly e Schwihs). Neste texto foram tratados como similares.
Definição - O
valor justo é mensurado como custo de reposição da capacidade de serviço de um
ativo. Assim, um ativo é mensurado pela capacidade do serviço ou utilidade. O
valor justo de uma entidade é a soma do valor justo de cada ativo
Onde usar – para
avaliar imobiliárias ou empresas em liquidação. Isto ocorre pois não considera
os ativos não identificados (goodwill por exemplo). Também pode ser usado para
medir o valor justo que não são fontes de fluxo de caixa direta para entidade.
É mais comum em ativos tangíveis. Pode ser
usado em pequenos negócios onde existe pouco goodwill. Em outras empresas, pode
ser usado como um valor mínimo.
Base teórica –
princípio da substituição. Baseado na continuidade.
Conceito relevante
– obsolescência. Este conceito é usado na tentativa de conciliar o preço do
ativo com o seu substituto. Pode ser:
a)
Física
b)
Funcional – quando não está apto a desempenhar a
função para o qual foi originalmente comprado. Leva em consideração o avanço
tecnológico
c)
Econômico – quando pode ser usado, mas não é
rentável. O mercado reduz a habilidade lucro do ativo
Além disto, a obsolescência pode ser sanável ou insanável.
Quando os benefícios são superiores aos custos é “sanável”.
Passos para aplicação
1)
Obter as informações contábeis da entidade pelos
princípios contábeis.
2)
Determinar qual categoria de ativo e passivo o
item patrimonial se enquadra e como foi avaliado pela contabilidade. Proceder
uma nova avaliação se for necessário.
3)
Identificar os itens fora de balanço, geralmente
os intangíveis, que devem ser reconhecidos e avaliados.
4)
Identificar os passivos fora de balanço,
geralmente as contingências, que devem ser reconhecidas e avaliadas.
5)
Construir um novo balanço, com os resultados
obtidos.
Ressalvas
1)
O custo de criar um ativo e o preço de comprar
um ativo similar pode não ser igual em razão da lucratividade e o custo de
capital. Quando se produz um ativo internamente considera os custos diretos e
indiretos, mas não aloca o custo de capital e o lucro. Já quando se compra um
ativo estão considerados os custos diretos, indiretos, além da margem. Ou seja,
a diferença entre o custo de criar um ativo e o preço de compra é o lucro e o
custo de oportunidade.
2)
O custo de capital a ser considerado é o custo
médio (WACC). Entretanto, é possível determinar o custo de capital específico
de cada ativo. Dúvida: qual custo de capital: do momento passado ou atual?
3)
Custo de reposição representa o custo de
construir, a preços atuais da data de análise, um ativo, com utilidade
equivalente, usando materiais modernos e métodos de produção de hoje. Isto é
diferente do custo de reprodução, que diz respeito ao custo de criar uma
réplica exata, em unidades monetárias de hoje. Um exemplo é um museu histórico
localizado num forte que foi destruído pelo fogo. O custo de reposição irá
contemplar as modernas tecnologias; o custo de reprodução tentará criar o museu
da forma que existia anteriormente, inclusive com suas imperfeições. Assim,
Custo de reprodução menos a obsolescência é igual ao custo de reposição. Isto
mostra que observar a obsolescência é relevante.
4)
Existem divergências sobre o papel dos impostos.
Alguns defendem que deve ser antes e outros depois dos impostos.
Vantagens
1)
Os resultados estão em termos de um balanço
patrimonial tradicional. Este formato é familiar para quem conhece contabilidade.
2)
Explicita onde surge o valor em termos do ativo.
Ou seja, qual ativo está agregando valor para empresa.
3)
É interessante para uma venda/compra dos
negócios.
4)
Pode ser útil após a venda concluída, pois
identificou onde surgiu o ágio pago.
5)
Pode ser útil em casos de litígio, já que
identifica o valor de cada ativo.
6)
Pode ajudar a construir um padrão para avaliar
certos tipos de ativos.
7)
Por exigir uma análise de cada ativo, este
método exige uma análise rigorosa de cada ativo, ajudando na qualidade da
avaliação.
Limitações
1)
Não é abrangente como outras técnicas. Fatores
que geram benefício econômico não são incorporados.
2)
Pode ser subjetivo
3)
Existe dificuldade de mensurar a obsolescência
4)
Divergência no tratamento de impostos e lucro
5)
Pode ser demorado de ser realizado.
6)
Alguns intangíveis existem em conjunto com
ativos tangíveis. Assim, uma empresa com um bom canal de distribuição – um
intangível – terá uma associação com os seus caminhões, por exemplo.