19.4.18

Prêmio do mercado

O risco do mercado para o Brasil deverá diminuir em 2018, segundo uma pesquisa conduzida por professores da Universidade de Navarra, na Espanha. Além do Brasil, a pesquisa também abrange outros 58 países. Com 100 respostas obtidas para nosso país, os resultado médio foi de 8,4%, contemplando o prêmio do risco do mercado. Já o retorno do mercado estimado foi de 15,7%, enquanto a previsão do retorno do título sem risco seria de 7,3%.

Lembrando que o prêmio é resultado da subtração do retorno do mercado e o retorno esperado do título sem risco. Apesar do número elevado - o Brasil é o 13o. país com maior prêmio - o valor é menor que de 2017 (9%), mas maior que 2016 (7,5%). O país ganha do Irã, Venezuela, Grécia, Argentina, Paquistão, Egito, Equador, Tailândia, Indonésia, Rússia, Colômbia e México, o que, convenhamos não é um grande mérito. O menor prêmio é de Taiwan, de 4,9% versus 8,4%.

O número é um importante parâmetro para os tomadores de decisão. Pode servir de retorno mínimo esperado para os investidores de uma empresa, por exemplo.

3.4.18

Governo e valor da empresa

Sendo o governo o grande financiador de longo prazo, capaz de alocar recursos a juros subsidiados, a simples informação de um empréstimo é capaz de mudar o valor da empresa, conforme demonstrado por Fioresi e Galdi:  

Grande parte do financiamento de longo prazo no Brasil é realizado por intermédio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Comparado às outras alternativas do mercado este crédito é mais barato por ser subsidiado pelo governo. A presente pesquisa teve como intuito investigar se a captação de recursos com custo de capital subsidiado por meio de linhas de financiamento diferenciadas ofertadas pelo BNDES exerce influência no valor da empresa. O estudo foi desenvolvido com a utilização da metodologia estudo de eventos, que calcula os retornos anormais ocorridos ao redor de um determinado evento. A amostra deste estudo considera empresas listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA) que contrataram crédito junto ao BNDES de 2002 a 2015. Para o cálculo do retorno anormal foram usados dois modelos de estimação dos retornos anormais: o Modelo CAPM e o Modelo de Mercado. Os resultados indicam que a média dos retornos anormais das empresas que contrataram crédito junto ao BNDES é significativamente diferente de zero em torno da data do anúncio da contratação podendo-se concluir que a captação de recursos com custo subsidiado possui conteúdo informacional suficiente para influenciar o valor da empresa, confirmando a teoria do tradeoff das fontes de capital e a hipótese desta pesquisa.