Em 1980 um cientista e ambientalista da Stanford, Paul Ehrlich , previu que dez anos depois o mundo passaria por uma grave crise nos recursos naturais. Sua crença era tão forte que ele aceito uma aposta com um economista, Julian Simon . Simon propôs que Ehrlich escolhesse cinco commodities e que dez anos depois eles verificariam quanto estava o preço destes produtos. Se o preço da maioria dos produtos subisse, indicando escassez, Ehrlich ganharia; caso contrário, o vencedor seria Simon. As escolhas de Ehrlich foi realizada em produtos minerais, com a ajuda de John Holdren .
Dez anos depois o preço de todos os produtos caíram. E se a aposta tivesse sido com vinte anos, Simon também ganharia. (Simon tentou apostar novamente, mas não conseguiu).
Holders foi nomeado consultor cientifico do presidente Obama.
Fonte: aqui
18.2.09
17.2.09
Regra Ortográfica e Empresas
A Azaleia decidiu aderir ao novo acordo ortográfico:
Apesar de o acordo ortográfico não legislar sobre nomes próprios ou marcas, o grupo Vulcabras resolveu alterar a grafia de sua marca de calçados femininos Azaleia para se adequar à nova norma. A empresa retirou o acento agudo da marca.
A atual regra indica que os ditongos abertos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas deixam de ser acentuados. O acordo está em vigor em oito países que adotam o português como língua oficial desde 1º de janeiro e concede o prazo de até 31 de dezembro de 2012 para a adaptação.
Em nota, a gerente de marketing institucional do grupo, Nádia Krisch, explica que, pelo acordo ortográfico, o grupo poderia "manter a grafia original por se tratar de uma marca", mas decidiu aderir às novas regras "para garantir uma imagem moderna e atual".
A partir de agora, os materiais de comunicação produzidos terão as marcas atualizadas - ponto-de-venda, embalagens, papelaria, cartões de visitas, assinaturas de e-mails etc. A empresa não revelou quanto investirá para ajustar sua comunicação nem o tempo necessário para completar o trabalho.
A companhia calçadista Vulcabras conta com mais de 35 mil colaboradores no Brasil e exterior. A marca Azaleia atua no segmento feminino no País e na América Latina e está presente no mercado desde 1965.
Azaleia passa a adotar novo acordo ortográfico
Gazeta Mercantil - 17/2/2009 - Caderno C - Pág. 10
11.2.09
Indicador Sports Illustrated
O índice Sports Illustrad não funcionou para o ano de 2008, ao contrário da previsão apresentada neste blog em fevereiro de 2008.
O que diz este índice? Todo ano a revista Sports Illustrad apresenta uma modelo de biquini. Quando a modelo nasceu nos EUA o retorno médio da SP 500 (índice da bolsa de NY) historicamente é de 10,6%, sendo positivo em 81,3% dos casos. Se a modelo nasceu em outro país, o retorno médio cai para 7,3%, sendo positivo em 73,3% dos casos.
No ano de 2008 a modelo era Marisa Miller (clique aqui para ver a capa). Este ano, a israelense Bar Rafaeli:
Mais informações, aqui
O que diz este índice? Todo ano a revista Sports Illustrad apresenta uma modelo de biquini. Quando a modelo nasceu nos EUA o retorno médio da SP 500 (índice da bolsa de NY) historicamente é de 10,6%, sendo positivo em 81,3% dos casos. Se a modelo nasceu em outro país, o retorno médio cai para 7,3%, sendo positivo em 73,3% dos casos.
No ano de 2008 a modelo era Marisa Miller (clique aqui para ver a capa). Este ano, a israelense Bar Rafaeli:
Mais informações, aqui
Valor dos Ativos Tóxicos 2
Qualquer que seja o preço a ser fixado pelo governo haverá um processo de transferência de riqueza, dos contribuintes para os acionistas das instituições que receberão o apoio. A questão é mais complexa quando se tem a possibilidade de um preço “elevado”. Em tais situações, como existe um mercado – com baixa liquidez, é verdade – a determinação poderá beneficiar aqueles que adquiriram os títulos a um valor menor.
Se o preço for baixo, o comprador atual destes títulos poderá sofrer uma perda. Mas é importante lembrar que este comprador é também um investidor, que deveria saber dos riscos do seu investimento. Além disto, a fixação de preço mais baixo permite que um número maior de agentes seja beneficiado com um programa de socorro.
Para a entidade que possui os títulos registrados pelo valor histórico, o preço mais elevado poderá resultar num menor valor de baixa contábil, reduzindo seu prejuízo e beneficiando os acionistas.
A situação é mais interessante de analisar quando consideramos uma entidade que ainda não negociou seus títulos e quer saber qual a decisão a tomar. Vamos imaginar, num pequeno exemplo, que a empresa está diante da possibilidade de negociar agora seus ativos pelo valor de mercado ou esperar o governo determine os preços. Vamos também supor que se o governo determinar seu preço, este será o novo parâmetro do mercado. A empresa deverá ou não negociar?
Para melhor exemplificar, suponha um título com valor nominal de $100, valor de mercado de $50. O governo pode adotar duas possibilidades: preço de $60 e preço de $40.
Se adotar um preço de $60 e a entidade não tiver negociado o título, sua baixa contábil será de $40. Ocorrendo a negociação, a empresa a baixa contábil será de $50.
Caso o governo tenha decidido fixar o preço em $40. Tendo a entidade negociado o título antes do anúncio o governo, sua perda será de $50 (e o mercado perde $10). Se não negociou, sua perda será de $60.
Preço do Governo = 60 Preço do Governo = $40
Não negociou Baixa = $40 Baixa = $60
Negociou Baixa = $50 Baixa = $50
Qual a estratégia a adotar? Tudo irá depender a probabilidade. Caso a probabilidade do governo adotar um preço de $60 seja 50% , a empresa será indiferente quanto a decisão (mas provavelmente irá vender hoje, em razão do valor do dinheiro no tempo).
Se o preço for baixo, o comprador atual destes títulos poderá sofrer uma perda. Mas é importante lembrar que este comprador é também um investidor, que deveria saber dos riscos do seu investimento. Além disto, a fixação de preço mais baixo permite que um número maior de agentes seja beneficiado com um programa de socorro.
Para a entidade que possui os títulos registrados pelo valor histórico, o preço mais elevado poderá resultar num menor valor de baixa contábil, reduzindo seu prejuízo e beneficiando os acionistas.
A situação é mais interessante de analisar quando consideramos uma entidade que ainda não negociou seus títulos e quer saber qual a decisão a tomar. Vamos imaginar, num pequeno exemplo, que a empresa está diante da possibilidade de negociar agora seus ativos pelo valor de mercado ou esperar o governo determine os preços. Vamos também supor que se o governo determinar seu preço, este será o novo parâmetro do mercado. A empresa deverá ou não negociar?
Para melhor exemplificar, suponha um título com valor nominal de $100, valor de mercado de $50. O governo pode adotar duas possibilidades: preço de $60 e preço de $40.
Se adotar um preço de $60 e a entidade não tiver negociado o título, sua baixa contábil será de $40. Ocorrendo a negociação, a empresa a baixa contábil será de $50.
Caso o governo tenha decidido fixar o preço em $40. Tendo a entidade negociado o título antes do anúncio o governo, sua perda será de $50 (e o mercado perde $10). Se não negociou, sua perda será de $60.
Preço do Governo = 60 Preço do Governo = $40
Não negociou Baixa = $40 Baixa = $60
Negociou Baixa = $50 Baixa = $50
Qual a estratégia a adotar? Tudo irá depender a probabilidade. Caso a probabilidade do governo adotar um preço de $60 seja 50% , a empresa será indiferente quanto a decisão (mas provavelmente irá vender hoje, em razão do valor do dinheiro no tempo).
Valor dos Ativos Tóxicos
O artigo a seguir mostra uma questão interessante sobre o processo de avaliação de títulos. O texto foi publicado originalmente no NY Times e reflete a dificuldade de avaliar ativos com baixo nível de negociabilidade.
Valor justo para ativos tóxicos é desafio para plano de Obama
3/2/2009 - Gazeta Mercantil
Nova York, 3 de Fevereiro de 2009 - Ao passo que a administração Obama prepara sua estratégia para resgatar os bancos norte-americanos comprando ou garantindo os ativos com problemas, o governo depara-se com uma questão central: como avaliá-los corretamente? Estamos falando de centenas de bilhões de dólares do dinheiro dos contribuintes que estão em jogo.
Timothy F. Geithner, secretário do Tesouro dos EUA, deve anunciar os detalhes do novo pacote dentro de algumas semanas. Autoridades do governo federal e do Congresso afirmam que o plano dará ao governo flexibilidade para adquirir alguns ativos tóxicos e garantir outros em um esforço para ajudar diferentes instituições do país.
No entanto, não será fácil fazer isto. As grandes variações sobre o valor de muitos ativos podres dos bancos podem ser constatadas com base na análise feita recentemente de um título lastreado em hipoteca por uma divisão da Standard & Poor's, a agência de classificação de risco.
A instituição financeira que possui o título calcula o seu valor em US$ 0,97 frente ao dólar, isto é, uma pequena perda de 3%. No entanto, a S&P estima que seu valor seja, na verdade, de US$ 0,87, tomando por base a atual taxa de inadimplência para empréstimos, e poderia valer até US$ 0,53 sob um cenário mais sombrio caso dobre o índice de inadimplência. Todavia, mesmo este prognóstico pode ser otimista demais, já que o título em questão foi recentemente negociado por apenas US$ 0,38 sobre o dólar, refletindo previsões ainda piores dos investidores.
O título avaliado pela S&P é somente um dos milhares que o governo deve comprar ou garantir com a criação de um "bad bank" que poderá adquirir dos bancos mais de US$ 1 trilhão em ativos tóxicos. A ideia é que, livres do peso desses títulos podres, os bancos possam voltar a emprestar novamente e ajudem a sustentar a economia. O "bad bank" planejado pelo governo poderia, no futuro, vender esses ativos e recuperar parte ou a maioria do valor pago por eles.
Preço de mercado
Um refrão frequente em Wall Street é o de que não há preços de mercado atuais para os títulos tóxicos. Mas as pessoas que compram e vendem estes investimentos dizem que esta é uma leitura simplista do problema. Dizem que a maioria dos tipos de títulos pode ser avaliada e está sendo comercializada, mas houve uma desaceleração da comercialização, uma vez que vendedores e compradores discordam sobre qual deveria ser o preço.
O valor destes títulos está baseado no fluxo de caixa futuro que eles fornecem aos investidores. Para determinar isso, os operadores devem fazer suposições em relação ao mercado imobiliário e à economia: A que altura a taxa de desemprego vai chegar nos próximos anos? Quantos mutuários vão ficar inadimplentes? Qual será o valor das casas?
O grupo Standard & Poor''s, Market, Credit and Risk Strategies, que opera independentemente do setor de classificação de crédito da companhia, tem estudado os títulos problemáticos para investidores e bancos. O título que está sendo comercializado a US$ 0,38 dá uma ilustração clara do dilema de avaliar estes ativos.
O título é garantido por 9 mil hipotecas secundárias (second mortgage) usadas por mutuários que desembolsam pouco ou nenhum dinheiro para comprar casas. Quase um quarto dos empréstimos estão inadimplentes, e as perdas devido às hipotecas com pagamento atrasado chegam a 40%. O título uma vez teve a classificação mais alta, triplo-A.
Michael G. Thompson, diretor gerente do grupo S&P, diz que seus modelos computacionais conseguem calcular facilmente quanto vale o título em diferentes situações. "Isto não é a ciência dos foguetes, é a matemática direta dos títulos.", disse ele. Mas determinar o que o futuro guarda é muito mais difícil. "Não somos os mestres do universo que podem prever o ambiente macroeconômico", acrescentou.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(The New York Times)
5.2.09
Tempo de investir?
Uma forma de mensurar se o mercado está com preço acima do normal (ou abaixo) é verificar a relação entre o valor de mercado das empresas e o valor da economia. Aqui a revista Fortune, que denomina este índice de métrica de Buffett, mostra que nos EUA talvez seja hora de voltar a investir.
No Brasil, fiz um gráfico próximo, comparando o PIB anual em dólares pelo valor de mercado de todas as empresas do Bovespa (dados obtidos no Bacen).
O gráfico está abaixo:
No final da década de 1990 o valor era abaixo de um. Ou seja, o valor das empresas era inferior ao PIB. No início do novo milênio, com a entrada do investidor estrangeiro, o patamar muda para valores acima da unidade. Em março de 2007 ultrapassa a 1,5.
Em setembro de 2007 atinge o seu máximo, de 1,94. Ou seja, neste momento as empresas valiam quase duas vezes o PIB. Um anos depois, em setembro de 2008, o valor fica abaixo de 1, onde está até hoje.
No Brasil, fiz um gráfico próximo, comparando o PIB anual em dólares pelo valor de mercado de todas as empresas do Bovespa (dados obtidos no Bacen).
O gráfico está abaixo:
No final da década de 1990 o valor era abaixo de um. Ou seja, o valor das empresas era inferior ao PIB. No início do novo milênio, com a entrada do investidor estrangeiro, o patamar muda para valores acima da unidade. Em março de 2007 ultrapassa a 1,5.
Em setembro de 2007 atinge o seu máximo, de 1,94. Ou seja, neste momento as empresas valiam quase duas vezes o PIB. Um anos depois, em setembro de 2008, o valor fica abaixo de 1, onde está até hoje.
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