(...) A fusão das duas instituições financeiras oferece uma oportunidade rara de acompanharmos no dia-a-dia como os condutores dessas marcas irão superar uma série de desafios e manter intactos dois ícones vencedores. Se do ponto de vista econômico, trata-se de uma complexa transação, do ponto de vista da imagem corporativa certamente será fonte para inúmeras lições.
O primeiro e mais complexo desafio é como fazer para que, juntas agora, as duas marcas possam valer ainda mais. Afinal, a lógica de uma fusão é fortalecer as operações, criar vantagens competitivas - e isso vale também para o bem intangível da marca. O ponto mais delicado, sabemos, é que fusões são feitas para aquilo que, com eufemismo típico, os financistas chamam de "capturar sinergias". Ou seja, cortar custos, eliminar sobreposições, ganhar eficiência. Isso se faz de inúmeras formas. A mais dolorosa é eliminando postos de trabalho.
Seguindo um planejamento cuidadoso, todo o arsenal de comunicação do negócio ressaltou na largada que a fusão não será seguida de demissões. Sinal de que a equipe dos dois bancos está atenta para preservar a marca de arranhões, mas a realidade dos próximos meses continuará sendo desafiadora, pois fusões só fazem sentido econômico graças às "sinergias", claro. (...)
Vida Executiva - Os desafios da mais nova megamarca - 21/11/2008 - Gazeta Mercantil
Caderno C - Pág. 9 - Mário Rosa
Apesar de interessante, destaco que "capturar sinergias" não é o que o autor afirma no texto.